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Todo ano, mais de 200 mil visitantes lotam o Haras de Lipica, lar dos lendários cavalos Lipizzaner, causando filas intermináveis e áreas de observação superlotadas. Muitos turistas que vêm de Trieste saem frustrados por perder experiências únicas, como o treino das 11h, os momentos de interação com os potros ou o prado escondido onde os garanhões pastam. Pesquisas mostram que 68% dos visitantes passam mais tempo na fila do que com os cavalos, enquanto 42% sequer sabiam que poderiam acessar áreas restritas. Não se trata apenas de tempo perdido, mas de deixar escapar a essência de uma tradição equestre de 443 anos, onde cada relincho conta uma história. O haras é imenso (311 hectares), com estábulos históricos, arenas modernas e trilhas na floresta, o que pode confundir os visitantes de primeira viagem. Sem conhecimento local, você pode acabar admirando os cavalos brancos de longe, sem ver a verdadeira magia nos bastidores, durante os cuidados diários.

Melhor horário para evitar multidões em Lipica
Os ônibus de turismo chegam em massa logo às 9h, formando filas de uma hora já às 10h30. Os locais sabem que a melhor hora é à tarde, especialmente às quartas e sextas, quando os grupos já foram embora, mas a demonstração de equitação clássica das 15h ainda acontece. Visite em setembro ou abril, quando não há grupos escolares, mas o picadeiro interno (imperdível!) funciona normalmente. Chegar às 8h45 pode garantir entrada na primeira leva, mas uma estratégia melhor é ir às 11h45, quando os visitantes da manhã saem para almoçar. Segredo: os cavalos continuam ativos ao meio-dia, e você terá os pátios externos só para você. Fique de olho no caminho não sinalizado atrás do Café Lipizzaner, que leva a um estábulo do século XVIII pouco visitado, onde os tratadores costumam receber observadores discretos.
Experiências secretas no Haras de Lipica
Enquanto todos se aglomeram na arena principal, os momentos mais autênticos acontecem longe dali. A alimentação das 14h no Estábulo 3 permite ver os garanhões de perto, com tratadores contando a linhagem de cada cavalo. Poucos sabem que a janela superior do museu de carruagens oferece uma vista panorâmica dos treinos – chegue 20 minutos antes para garantir esse lugar. Atrás da loja de souvenirs, uma trilha leva ao 'jardim de infância' dos potros, onde, fora do horário oficial, os tratadores às vezes permitem interações breves se as crianças forem discretas. A trilha na floresta marcada como 'Sevnica' leva a um clareira onde garanhões aposentados pastam; visite ao entardecer para vê-los brilhar contra o verde. Para os mais curiosos, os arquivistas do haras guardam registros de séculos na biblioteca – envie um e-mail antes para agendar uma visita.
Como chegar a Lipica a partir de Trieste sem stress
O transporte público exige três conexões (Trieste-Koper-Sezana-Lipica) e leva 2h30 por trajeto. Quem conhece pega o trem das 8h10 de Trieste-Centrale até Villa Opicina e depois um táxi de 15 minutos (€25), chegando na abertura. Melhor ainda: o pouco conhecido ônibus FP da Piazza Oberdan em Trieste – só funciona em dias de espetáculo, mas deixa você a 300m da entrada dos funcionários. Quem vai de carro deve evitar o estacionamento principal ao meio-dia; estacione no Hotel Maestoso e caminhe 7 minutos pela estrada arborizada. Para voltar tarde, negocie com taxistas na estação de Sezana – a volta às 18h costuma sair 30% mais barata que táxis reservados. Dica: o ônibus das 16h15 para Koper conecta com barcas para Trieste, permitindo ficar em Lipica até o fechamento.
Roteiro secreto: Lipica e o melhor do Karst
A maioria dos grupos turísticos volta direto para Trieste, perdendo as maravilhas do planalto de Kras. A apenas 8km, as grutas de Škocjan têm trilhas superiores pouco visitadas e vistas panorâmicas. A vila de Tomaj produz o vinho teran, que só se encontra lá – pare na Gostilna Mahnič para degustar com pršut caseiro. Perto de Sezana, os bunkeres da Primeira Guerra em Fort Hermann têm túneis abertos à exploração (leve uma lanterna). Para almoçar, evite o café lotado de Lipica e vá para a Gostilna Pri Lojzetu, onde os chefs usam ervas cultivadas perto dos pastos dos Lipizzaner. Se der tempo, dirija pelo desfiladeiro de Vremščica ao pôr do sol – o mirante em Kožbana revela todo o haras brilhando dourado lá embaixo.